sexta-feira, 7 de março de 2008

Para Lula, parte da criminalidade se deve a descaso do poder público

Presidente faz discurso na Rocinha, última favela desta sexta, para cerca de 500 pessoas. Ele espera que obras do PAC diminuam a desigualdade social no bairro.

Alba Valéria Mendonça Do G1

Um público estimado por policiais militares de cerca de 500 pessoas esteve presente à cerimônia de assinatura da ordem de início de serviço para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Como nos discursos feitos pela manhã no Alemão e em Manguinhos, o presidente Lula voltou a dizer que parte da criminalidade e da violência do Rio são frutos de 26 anos de descaso do poder público.

Logo no início da cerimônia, o presidente e as demais autoridades foram convocados pelo presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Luiz Cláudio Oliveira, para fazer um minuto de silêncio pela menina Ágata Marques dos Santos, de 11 anos. Ela foi morta por uma bala perdida dentro de casa durante uma operação da Polícia Civil na favela, há duas semanas.

Desigualdade
Além de dar mais dignidade e cidadania à população da Rocinha, Lula espera que com as obras do PAC consiga diminuir a desigualdade entre os moradores de São Conrado. De um lado do bairro, segundo ele, as pessoas convivem com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio, e do outro, convivem com o maior número de caso de tuberculose do país."Aqui as casas têm problema de ventilação, há umidade e os corredores são estreitos e o sol não bate direito.O que acontece, os casos de tuberculose são muitos aqui", destacou o presidente, que ganhou um boné do movimento "Brasil livre da tuberculose".
O presidente voltou a dizer que quer ver o Rio exaltado nas primeiras páginas dos jornais pelas coisas boas que tem e não pela violência, segundo ele, tratada de forma exagerada e que assusta os habitantes e os turistas.

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